Portátil, leve e moderna, faz lembrar o passado e pode ser uma ferramenta tanto para momentos de lazer quanto semi-profissionais


A nova Instax imprime fotografias em formato quadrado, o que faz muita diferença das minis “polaroids” dos modelos precedentes. Leve, compacta e disponível em duas cores, alimenta o crescente saudosismo por tudo o que não é digital, online e que fica guardado numa nuvem de que ninguém tem a chave.

A marca não gosta que lhe chamemos “polaroids” mas, para a minha geração, é muito difícil descolarmos do conceito. Afinal, parte da nossa vida é relembrada através desses pequenos tesouros quadrados com emulsão feita logo à saída da máquina.

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Usar a nova Instax é tremendamente fácil. Após emparelharmos com o smartphone, basta fazer o download da App própria. Esta, confesso, não me encheu as medidas, pois estava à espera de algo mais dinâmico e que permitisse maior criatividade. Podemos editar e cortar a imagem, ajustar os parâmetros de cor, até juntar mais que uma na imagem final, assim como escolher algumas máscaras, enumerá-las como se fosse uma colecção exclusiva e criar um ou outro complemento, mas ficamos por aqui. Contudo, e é quando a vantagem da App se faz notar, não só podemos imprimir as fotografias que tiramos com o nosso equipamento (e, obviamente, produzi-las antes de lançar a ordem), como escolher, desde que façamos o login das contas, imagens do Facebook, Instagram ou Flickr. De repente, todo um novo mundo se abre, não é?

Fujifilm Instax SP-3

A caixa tem um design curioso mas que não chega a ser entusiasmante. A tampa no topo dá acesso ao espaço para o cartucho que expele automaticamente a primeira “foto” que serve apenas como travão de segurança. A partir daí sabemos que são 10, pois temos acesso a um contador. Os leds luminosos têm dupla função: uma mostra que está no modo operação, outra dá a visualização da carga restante. No corpo apenas dois botões físicos: o On/Off e um Reprint. A bateria, pelo que a marca garante, chega para 160 impressões, o que é realmente fantástico. A Instax recarrega-se através de um simples cabo micro-USB.

A rapidez de processamento entusiasma: 10 segundos para o primeiro passo (expelir a foto), mais um ou dois minutos para o processo ser finalizado. Quando o objecto é colorido ou tem grande contraste, a qualidade chega a entusiasmar. Nunca esquecendo os 318dpi de qualidade de impressão, é nos assuntos mais claros ou com muita exposição solar que o resultado é menos bom.

Num ponto menos favorável, algumas coisas que devem ser revistas numa próxima actualização da App, como por exemplo, apagar os bonecos e os gostos e os thumbs ups impressos na foto se a retirarmos do Facebook. Tentei descobrir como fazê-lo, mas não vislumbrei a acção.

Por outro lado, o preço pode travar alguns ímpetos consumistas (ou saudosistas), visto que a nova Instax SP-3 custa 200€. Cada cartucho são 10€, ou seja, 1€ por fotografia ou, saudosamente, 200 escudos. A concorrência aperta como, por exemplo, na catita HP Sprocket que tem a vantagem do papel ser autocolante.

 

João Gata

Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.

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