Já usei muitos smartphones ao longo dos anos e confesso que o Honor Magic V3 conseguiu surpreender-me. Mas antes de começar a descrever o que senti e vivi, quero explicar que não sou fã de dobráveis. Ou melhor, não era.
O Honor Magic V3 é entusiasmante
A primeira coisa que salta à vista é a espessura deste Honor Magic V3: é diminuta! Dobrado (sem capa de protecção) consegue ser mais fino que os smartphones “tradicionais” que tenho usado numa base diária. E isto mexeu comigo, pois deixei de ter desculpa para não querer andar com um tablet no bolso que me permite, sem dúvida, muito mais acções de lazer e trabalho.
O HONOR Magic V3 apresenta ecrãs que são uma verdadeira demonstração de engenharia de ponta, oferecendo uma experiência visual premium tanto no display principal como no secundário.
Ecrã Principal
- Tamanho: 7,92 polegadas (dobrável).
- Resolução: QXGA+ (2344 x 2156) com densidade de 402ppi.
- Tipo: LTPO AMOLED com suporte a taxas de actualização até 120Hz.
- Brilho: 1.600 nits de pico.
- Proteção: Ecrã interno “HONOR Super-Armored”, garantindo maior resistência.
- Extras: Compatível com a caneta HONOR Magic Pen e suporte para Dolby Vision.
- Conforto Visual: Tecnologia HONOR Eye Comfort Display com escurecimento PWM a 3840Hz, reduzindo o cansaço ocular em usos prolongados.
Ecrã Secundário (Cover Display)
- Tamanho: 6,43 polegadas.
- Resolução: 2376 x 1060 com 402ppi.
- Tipo: LTPO OLED, também com taxa de actualização até 120Hz.
- Brilho: Impressionantes 5.000 nits de pico, garantindo legibilidade mesmo sob luz solar intensa.
- Proteção: Revestimento “HONOR Anti-scratch NanoCrystal Shield”, resistente a riscos.
- Extras: Compatível com a HONOR Magic Pen.
- Conforto Visual: Escurecimento PWM a 4320Hz, superior ao ecrã principal, para maior suavidade e conforto.
Com esta combinação de especificações, o Honor Magic V3 não só proporciona imagens vibrantes e suaves, como também coloca a saúde ocular como prioridade, uma vantagem significativa para utilizadores intensivos.
A inclusão do suporte para caneta e a extraordinária protecção dos ecrãs fazem deste dispositivo um verdadeiro destaque no mercado dos dobráveis.
Outra razão que me fez gostar imediatamente do Magic V3 é o ecrã externo com um tamanho confortável para a mão, de dimensões generosas e “normais” comparando com os demais smartphones da praça.
Neste campo, o design do Samsung Galaxy Fold6, com o seu ecrã mais estreito que o normal, nunca me seduziu, embora goste muito do formato do dobrável OPPO Find N3 que me continua a ser lógico em termos de conforto de utilização.
Quero ainda salientar o sistema de colunas estéreo que oferece uma experiência de som equilibrada, nítida e com uma ligeira presença de graves. Este sistema utiliza uma configuração com altifalantes superiores e inferiores, garantindo consistência na qualidade de áudio, independentemente do dispositivo estar dobrado ou aberto.
Esta abordagem torna-o ideal para ouvir música, ver filmes ou mesmo realizar chamadas em alta-voz, sem perder qualidade sonora em nenhuma posição.
O design e a construção
O Honor Magic V3 mede 9,3mm fechado, tornando-o mais fino do que o Galaxy Z Fold6 e até do Find N3. Aberto, é incrivelmente delgado, com apenas 4,35mm – um verdadeiro feito de engenharia que, no entanto, torna o abrir um pouco complicado devido à falta de folgas na dobradiça.
O vinco é visível no ecrã interno quando desligado, mas desaparece ao usar o mesmo e nunca foi um problema. Já as dedadas é o inverso, este ecrã é um íman e fica sujo muito rapidamente. Toca a transportar um paninho no bolso.
Uma capa e meia
Felizmente, a Honor coloca na caixa uma capa de protecção, muito bem vinda, e dividida em dois segmentos: a parte traseira da capa encaixa relativamente bem no V3, mas o painel lateral vai além do necessário, ultrapassando em cerca de um milímetro, para acomodar a frente, que serve como uma moldura para o ecrã.
O problema é que, com a moldura frontal colocada, a funcionalidade do ecrã é afectada, com os gestos para voltar atrás a partir das bordas a tornarem-se impossíveis. Por isso, acabei por optar por usar apenas a parte de trás.
Interessante no rebordo traseiro para a câmara estar embutido um suporte em metal que pode ajudar a manter o Honor Magic V3 mais ou menos equilibrado. Mais para o menos que para o mais…
Câmaras
A câmara principal de 50MP é o ponto forte do sistema. É rápida, eficaz em situações de pouca luz graças ao sensor e à abertura generosa, e entrega fotos consistentes e detalhadas.
Por outro lado, a telefoto, embora surpreendentemente eficaz em capturar detalhes próximos, como alimentos, apresenta algumas falhas, com a fidelidade de cor a ser ocasionalmente comprometida nas Imagens de objectos distantes.
A câmara ultra-grande angular, por sua vez, apresenta resultados inconsistentes, muitas vezes suavizando as fotos de forma exagerada, mesmo em boas condições de luz.
A câmara do HONOR Magic V3 também se destaca pelo uso inteligente de IA para melhorar a experiência fotográfica, oferecendo recursos como o AI Motion Sensing, que captura automaticamente movimentos, e o AI Portrait Engine, que garante retratos mais naturais.
Apesar de não atingir o nível das melhores câmaras de smartphones disponíveis, o desempenho é muito bom para a maioria dos utilizadores.
Quanto às selfies, as câmaras frontais — tanto no ecrã principal como no secundário — apostam no brilho em vez de cores fiéis, mas ainda capturam detalhes surpreendentemente bons.
Desempenho e Multitarefa
Com 12GB de RAM, 512GB de disco e equipado com o Snapdragon 8 Gen3, o Magic V3 é um monstro de desempenho. Tudo é rápido, instantâneo, sem hesitações. É fácil abrir aplicações simultaneamente e trabalhar com mais que uma em ambos os ecrãs e o multitasking no MagicOS 8 é eficiente e agradável.
A integração da AI, especialmente com o Gemini AI da Google, traz funções úteis como tradução em tempo real e espaços paralelos para privacidade extra, fora as muitas novidades que chegam a cada mês.
Bateria em ponto alto
Não sou apenas eu que me deixei maravilhar com este dobrável, pois alguns colegas portugueses também viveram a experiência. Contudo, discordo daqueles que apontam que a bateria pode ser um problema. Comigo não foi e até considero que a autonomia é um dos maiores trunfos do Magic V3.
Com uso diário intensivo, esta bateria com 5150 mAh dura até dois dias sem qualquer problema e consegui chegar ao terceiro ainda com “sumo”, algo raro num dobrável. Quando finalmente atinge os 10%, basta ligá-lo em carga rápida para termos mais vitaminas para umas horas. E, sim, o carregador de 66W HONOR SuperCharge vem na caixa!!!
Concluindo
O Honor Magic V3 é mais do que um smartphone dobrável; é um exemplo de como a tecnologia pode ser elegante e funcional.
Com um preço competitivo para o segmento (mas caro para nós, comuns mortais), está claramente a desafiar os ícones da indústria, com particular destaque para o Galaxy Z Fold6.
Apesar de algumas falhas menores, como as dedadas e alguns bugs de software, a construção fina e o desempenho impressionante tornam-no num sério concorrente no mercado.
Resumindo, vai ser difícil viver sem ele.
Preço
1,799.90€
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