Análise Lenovo Tab M10 Plus (3.ª geração)

O novo tablet Lenovo Tab M10 Plus (3.ª geração) poderia ter sido uma coisa do passado se não acontecesse a pandemia global. Foi graças ao teletrabalho, aos lockdowns, à imperativa necessidade de equipar todos os elementos da família com qualquer equipamento com ecrã e acesso à internet, sem esquecer que os computadores de secretária ou portáteis foram varridos das prateleiras, que as pessoas olharam para este tipo de equipamentos como tábua de salvação.

Na verdade, antes da pandemia já se via um certo aumento de interesse nos novos tablets, com dois fabricantes a lutarem pela vida e com excelentes resultados, nomeadamente a Samsung e a Apple, sempre com a maçã a dominar o mercado muito devido às aplicações dedicadas para os mais criativos.

Mas eis que, num repente, outras marcas perceberam o filão e resolveram voltar a apostar no segmento e os resultados são, em alguns casos, surpreendentes. É o que se passa com a Lenovo e os seus novos lançamentos. Já vos trarei a análise ao topo de gama P12, mas hoje é dia para opinar sobre o modelo mais barato, o Lenovo Tab M10 Plus (3.ª geração).

Lenovo Tab M10 Plus (3.ª geração) acerta na mouche

Esta é a mais pura verdade! Tendo ficado deveras entusiasmado com o tab P12, queria, antes de mais, experimentar a nova versão do mais em conta, e também mais popular, M10.

A versão Plus oferece a possibilidade de inserir um cartão de dados, o que o transforma numa máquina totalmente independente para nos conectarmos à net e esta terceira geração vem já equipada para o futuro, pois tem Android 12 e promete três actualizações.

O coração

Como máquina não desilude em nada e para isso contam os 4GB de RAM, o processador Qualcomm Snapdragon SDM680 (nesta versão WiFi e LTE), tem um ecrã táctil LCD IPS 2K (2000×1200) de 10,6″ com 400 nit e, mais importante para quem lê revistas ou textos, TÜV de emissões de luz azul de baixa intensidade.

Toques de classe

Para além de um design muito conseguido, com a traseira em dois tons de onde sobressai a câmara principal de 8 MP com focagem automática, quero realçar o que me fez mesmo gostar deste modelo: as quatro colunas de som com grande qualidade e garra, uma entrada para cartões microSD que permite aumentar a capacidade de ROM, e mesmo esta é de 128 GB o que, para um tablet de lazer é francamente bom, e a câmara frontal de 8 MP também com focagem automática.

Mas tenho de deixar aqui mais um ponto positivo: para além da conexão por USB-C 2.0, temos, e aqui muita atenção porque pode ser um factor muito decisivo na escolha de um tablet, o Tab M10 Plus (3.ª geração) tem uma conexão mini jack, ou seja, 3,5mm, ou seja, um combo que tanto serve auscultadores como microfones externos. E assim se dá um novo mundo ao mundo.

O dia a dia

Levei-o comigo para uma viagem de dois dias com dois voos e algum tempo de espera no hotel. Queria perceber até que ponto este Lenovo é o companheiro ideal para este tipo de situações, visto que tem apenas 7,45 mm de espessura e um peso a rondar os 465 g graças ao chassis de alumínio que é ao mesmo tempo leve e duradouro.

E, na boa das verdades, não desiludiu. A bateria aguentou todo o trajecto para lá e retorno, mais umas horas para adormecer ao som de qualquer coisa no Spotify, e ainda chegou com carga. A marca aponta as 12 horas de utilização como média e a compatibilidade com Quick Charge a 20W (com carregador opcional).

Um último toque de luxo: também permite desbloqueio facial.

Em conclusão

A partir de 199€ podemos comprar este Tab M10 Plus (3.ª geração) em duas cores (e dois tons): storm grey e frost blue.

A marca achou conveniente equipá-lo de raiz com espaço e funções para os mais novos, com o Google Kids Space, e também disponibiliza algumas apps “out of the box” para termos menos trabalho.

Quanto a mim, o preço é muito competitivo, tendo em vista que o ecrã tem excelentes cores, o som emitido pelas quatro colunas com Dolby Atmos é rico, chega a níveis altos sem distorção (mas que podem comprometer a nossa relação com a vizinhança próxima e, acima de tudo, a diferença que uma ligação a que a Apple declarou guerra, a tomada 3,5mm, faz a diferença porque permite a ligação de um sem número de acessórios áudio que ainda funcionam por cabo.

Ainda por cima espelha qualidade de construção, com um corpo bem sólido, um design diferenciador e compatibilidade com caneta que se tem de comprar à parte se queremos que o júnior seja um futuro Picasso.

Óptimo tablet com uma relação qualidade/preço irresistível.

Preço

A partir de 199€