A Motorola anunciou ontem, em Lisboa, o seu regresso ao mercado português. Numa apresentação muito dinâmica e colorida (tivemos direito ao primeiro vislumbre da nova cor Pantone Mocha Mousse), a marca, agora sob a alçada do grupo Lenovo, revelou os seus planos ambiciosos para conquistar uma posição sólida entre os consumidores nacionais. Uma posição que almeja 10% do mercado!
A Motorola regressa a Portugal com grandes ambições
A cerimónia contou com a presença de representantes da Motorola que destacaram o foco em duas grandes frentes: reforçar a ligação emocional com os utilizadores e oferecer produtos diferenciados pela sua qualidade e inovação.
A empresa apresentou também a sua estratégia de crescimento, que será implementada até 2025, posicionando Portugal como um mercado estratégico na Europa.
Uma abordagem emocional e inovadora
Com um historial icónico que remonta à popularidade dos flip phones nos anos 2000, a Motorola pretende conquistar as novas gerações, como a Geração Z, que podem não estar tão familiarizadas com a marca. Mais pormenores na entrevista com Alex Caldeira mais abaixo.
Smartphones que se destacam
A Motorola traz para Portugal dispositivos que combinam design premium com funcionalidades práticas e inovadoras. Entre os destaques apresentados, está o sistema de inteligência artificial integrado nos smartphones da marca, o Moto AI.
Este assistente pessoal (com base no Google Gemini) permite, por exemplo, gerir notificações, organizar tarefas e até identificar rapidamente itens registados em fotografias, oferecendo uma experiência personalizada para cada utilizador.
Além disso, a empresa reforçou o seu compromisso com a privacidade dos dados, garantindo que as informações dos utilizadores são armazenadas localmente nos dispositivos, sem necessidade de recorrer a armazenamento na cloud.
Ambições para o futuro
Até ao final de 2025, a Motorola quer solidificar a sua presença no mercado português, apoiada numa estratégia clara e ambiciosa. Segundo os representantes presentes, o objectivo é replicar o sucesso já alcançado noutros países europeus, como Espanha, onde a marca tem vindo a crescer significativamente.
Com um portefólio alargado que inclui equipamentos acessíveis e de alta performance, a Motorola promete ser uma alternativa robusta e confiável no ecossistema Android, competindo directamente com gigantes como a Samsung.
Lisboa marcou o início de uma nova fase para a Motorola em Portugal, e as expectativas são elevadas. Resta saber como os consumidores irão receber este regresso, mas a marca parece estar pronta para voltar a deixar a sua marca.
Alex Caldeira – EMEA Business Development Director em entrevista
João Gata: A Motorola está de regresso a Portugal com grandes ambições. Quais são os objectivos principais desta nova fase?
Alex Caldeira – EMEA Business Development Director: O nosso regresso a Portugal está alinhado com a estratégia que já implementámos noutros mercados europeus, como Espanha. Estamos focados em dois grandes objectivos: estabelecer uma ligação emocional com os consumidores e destacar-nos pela qualidade dos nossos produtos. Para isso, cada departamento está a trabalhar em metas específicas, desde o desenvolvimento de produtos até à comunicação com diferentes públicos-alvo.
JG: Como descrevem a proposta da Motorola para os consumidores?
AC: A nossa abordagem é diferenciada. Enquanto alguns concorrentes focam-se exclusivamente em especificações técnicas, nós queremos criar uma experiência completa para o utilizador. Procuramos oferecer dispositivos com acabamentos premium, opções de cores atractivas e funcionalidades que vão além do básico. É uma questão de criar uma conexão emocional com os nossos clientes, mostrando como os nossos produtos se adaptam às suas vidas.
JG: Qual é a estratégia para alcançar diferentes gerações, incluindo a Geração Z, que pode não estar familiarizada com a marca?
AC: Este é um ponto crucial para nós. Estamos a trabalhar numa comunicação segmentada e inovadora. Para as gerações mais jovens, apostamos em plataformas como o Instagram, com mensagens visuais e directas. Para os consumidores mais antigos, que já conhecem a marca, o foco está na nostalgia e na confiança que construímos ao longo dos anos. Assim, conseguimos atrair novos utilizadores enquanto fortalecemos a relação com os já existentes.
JG: Pode dar exemplos de funcionalidades que diferenciam os vossos smartphones?
AC: Claro. Um exemplo interessante é a integração de inteligência artificial nos nossos dispositivos, como o assistente Moto AI. Ele aprende com o utilizador e ajuda a resolver problemas do dia-a-dia. Imagine tirar uma foto de uma garrafa de vinho num jantar especial. Em vez de procurar essa foto na galeria mais tarde, o assistente pode identificar rapidamente o que procura, com base em informações contextuais. Outro exemplo é a gestão de notificações, que ajuda os utilizadores a priorizarem tarefas importantes, especialmente num mundo tão acelerado como o de hoje.
JG: E quanto à privacidade dos dados dos utilizadores, visto que até a Microsoft teve que dar um passo atrás com o Recall?
AC: Este é um aspecto fundamental. Os nossos dispositivos armazenam dados localmente no smartphone, e não na cloud, garantindo a privacidade. Além disso, estamos a desenvolver soluções que permitem transferir informações entre dispositivos de forma segura, preservando a integridade dos dados pessoais.
JG: Quais são as metas da Motorola para o mercado português?
AC: Queremos alcançar uma posição sólida no mercado até ao final de 2025. Este é um plano ambicioso, mas estamos confiantes. Já temos uma base forte na Europa e pretendemos replicar esse sucesso em Portugal. A nossa capacidade de oferecer soluções premium no ecossistema Android é uma das nossas maiores vantagens competitivas. Estamos entusiasmados com esta nova fase e certos de que Portugal será um mercado importante para nós.
O Xá das 5 agradece à Lenovo a oportunidade de estar presente no Lenovo Tech World Iberia 2024 que aconteceu em Madrid no final de Novembro em que foi mostrada pela primeira vez toda a estratégia da Motorola para Portugal.
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