Ensaio Sony Xperia T

Há uns meses, a Sony lançou com aparato este Xperia T, o ‘Bond Phone’, e convidou os jornalistas para guiarem um carro com os vidros tapados, apenas através de uns quantos T que serviam como monitores para se ver o que se passava lá fora através de uma pista de obstáculos.

Logo aí ficou patente que este não é um smartphone igual aos outros, pois a qualidade de imagem captada pelas câmaras era fabulosa.

Passados uns tempos, eis que o tenho na mão depois de experiências Android que, ultimamente, eram mais tablets que telemóveis (Galaxy Note II, LG Vu) e voltei a usar um smartphone que tem quanto a mim, as medidas ideais de ecrã e corpo para se poder utilizar apenas com uma mão (e ser maior que o iPhone). Este ecrã de 4,55” tem 1280×720 pixels com qualidade HD (323ppi) e vem de origem com o s.o. Android Ice Cream Sandwich 4.0 (que após o ligarmos pela primeira vez, nos convida para um imediato upgrade).

O processador dual core Qualcomm Krait MSM8260-A a 1,5Ghz com 1Gb de Ram não é o topo que se encontra nos topos das outras marcas, mas faz com que tudo aconteça de forma exemplar. Temos ainda 16gb de capacidade interna a que juntamos um cartão SD até 32 gb mais.

O corpo

Tem, quanto a mim, o design mais confortável que utilizei até agora (e já lá vão uns quantos). A traseira tem uma curva que inflete para dentro o que parece perfeito para uma mão como a minha. O material usado é tipo aborrachado, o meu preferido, e estes dois factores juntos dão-me muita segurança ao segurá-lo (ao contrário da experiência com o Lumia 920, por exemplo).

Na parte frontal, todo um vidro negro cujos logotipos estão gravados em cima e o espaço para coluna com câmara frontal ao lado. As únicas ligações que existem são do lado esquerdo a entrada usb, do direito uma tampa que dá acesso ao Sim e ao SD mais os botões tradicionais (on/off, up/down e cam) e no topo a tomada mini jack para phones. A tampa não é removível e estamos dependentes de uma bateria 1850 mAh que, convenhamos, esgota-se antes do dia terminar em ‘full power”. Mas existem umas quantas fórmulas para poupá-la e se não abusarmos do vídeo e internet, consegue durar até dois dias com uma utilização normal para muitos de nós (e não contínua como utilizada pelos mais jovens).

A câmara

O que dizer de uma câmara fotográfica com 13 mp (frontal com 1.3mp) e focagem automática mais zoom digital 16x e flash Led pulsado que grava vídeo a 1080p fullHD? Nada, a não ser que é, quanto a mim, perfeita para um smartphone e, realmente, arruma qualquer compacta fotográfica base de gama (ou até 150 euros).

Vários menus e um botão directo de acesso para mudarmos os parâmetros gerais (resolução, temporizador, pré-visualização, início rápido, estado do flash, obturador de sorriso, geo referência, captura por toque, armazenamento), o tipo de disparo e qualidade (auto superior, normal, efeitos, selecção de cenas, sweep panorama, camara de vídeo, escolher entre as duas câmaras para auto retratos perfeitos), ao fim e ao cabo, tudo o que encontramos numa câmara fotográfica, com a vantagem desta ter ainda os addons Android, como efeitos vários, instagram, etc.

A qualidade é extraordinária, tanto fotográfica como vídeo, mesmo em condições de fraca luz. Depois é tudo uma questão de compensações conseguidas facilmente através das legendas típicas da marca.

Visionar filmes ou clips é um prazer no T muito devido ao motor BE (Bravia Engine) que realmente faz a diferença para melhor no resultado da qualidade de imagem.

O Som

Quem compra um Sony leva para casa um novo Walkman, desta feita também equipado com mais e mais serviços de música, tanto da marca como do mundo Android. Som rico e preenchido, com graves potentes e dinâmicos e agudos muito bem definidos. E não é apenas uma questão de usar os headphones certos. Basta ‘lançar’ o som por DLNA ou Bluetooth para uma Hifi compatível para se sentir essa qualidade e presença. 

O comportamento

Ecrãs Sony e um eco-sistema próprio com aplicações multimédia e sociais que podem ser muito úteis para quase toda a gente, mas que tendo a evitar. Não porque sejam más, apenas porque prefiro equipar o “meu” terminal com as apps que utilizo noutros equipamentos também móveis. De qualquer forma, e Sony tem evoluído a sua ‘capa’ para esconder o tédio que é o visual Android e tem conseguido criar algumas mais valias.

O Android também tem sabido evoluir e está cada vez mais dinâmico, como por exemplo, o novo ecrã da Google, ou o campo das notificações bem maior e com possibilidades de interacção ou resposta facilitadas.

Tudo e rápido, sem engasgos, mesmo aquando multitasking, o que neste terminal é possível e com grande à vontade.

Uma ou duas notas negativas: ao fim de meia hora de jogatana, por exemplo, sente-se bem o aquecimento na parte traseira o que é um tanto ou quanto desagradável. E a posição dos botões laterais podia mudar de lugar com a tampa Sim/SD, ou seja, aproximar-se do topo.

Concluindo

De resto, nada a apontar. Um corpo que me fascina, um design muito bem conseguido e diferente de tudo o que se encontra por aí, funcionamento rápido qb e uma câmara apenas estrondosa, fazem deste Xperia T um smartphone de eleição, mesmo que o novo Z lhe venha tirar o lugar no topo da hierarquia da renascida Sony.

De resto está equipado com tudo o que é moderno: Dlna, NFC, buetooth 3.1 (o resto podem ver aí em baixo) e ainda tem certificação Playstation.

Gostei francamente deste T e, não sendo extraordinário como alguns topos de gama de outras marcas, tem tudo o que é necessário, faz tudo muito bem e tem uma das melhores câmaras do mercado. É ainda, quanto a mim, muito bonito.

Características