A Canon EOS R7 é uma das novas câmaras sem espelho (APS-C ) da marca que quase teimou em não seguir este paradigma mas que conseguiu reformular a tempo e horas essa sua ideia.
A EOS R7 traz uma série de novas funcionalidades e destaca-se pelo desempenho e versatilidade, atendendo a uma ampla gama de temas e situações de fotografia. Quer esteja interessado em fotografia de acção e vida selvagem, ou simplesmente à procura de uma câmara que seja versátil sem ter que abrir o bolso para adquirir um sistema full-frame, esta EOS R7 oferece resultados excelentes.
Canon EOS R7 é uma câmara extremamente focada
Desculpem-me a brincadeira, mas há que apontar uma das características mais importantes (e em foco) desta câmara e que é o seu excelente sistema de autofoco muito preciso e rápido para várias condições e necessidades.
Outra das mais-valias é a capacidade de disparo contínuo, que impressiona, a estabilização incorporada que me encheu de sorrisos, pois tirei bonecos quase impossíveis, tudo bem equilibrado pelo sensor de 32MP que proporciona um detalhe quase extremo, tendo em conta o formato de que estamos a tratar.
Pelo que li noutras análises, que conseguiram testar a EOS R7 em grandes safaris e tal, “o buffer é modesto e as ranhuras para cartão SD limitam a duração das sequências de disparo de 30fps a alguns segundos, seguidos de vários segundos necessários para limpar o buffer”. Pois que no meu caso tal não se assistiu, embora tenha percebido que o obturador electrónico apresenta algum desvio, mesmo que a definição seja mais que suficiente. E, atenção, uso óculos, o que é sempre um factor a ter em causa aquando dias muito solarengos e luminosos, pois há sempre um pouco de luz que entra no espaço entre a borracha e o olho.
Canon EOS R7 é competente para utilização geral
A EOS R7 é equilibrada, não muito pesada, encaixa muito bem na mão, e é facilmente transportável, factores muito importantes quando queremos ter uma câmara “a sério” sempre à mão para fotografar todos os motivos no geral.
No entanto, há que ter em conta que esta é uma câmara de entrada para um futuro upgrade, e será muito tentador perceber, se com ela conseguimos grandes resultados, o que podemos esperar de uma FF? É com este sentimento que a aponto como uma unidade equilibrada para aprendizagem ao mesmo tempo que nos podemos “agastar” mais na escolha e compra de objectivas, factor preponderante e que pode muito bem aumentar a classificação qualitativa desta unidade.
A R7 também está longe de ser uma escolha óbvia para os proprietários da 7D II, que podem obter maior resolução, rápidas sequências de disparo contínuo e um sistema de foco automático mais amplo, sem mencionar uma qualidade de vídeo muito melhor, mas perderão a ergonomia superior deste modelo, desde o ecrã que é melhor, passando pela roda traseira, até o peso “ligeiro”.
E como se comporta em vídeo?
Na verdade, e após muitas críticas que a Canon recebeu devido ao crop 4K nas anteriores R, a amostragem de vídeo 4K oversampled é capturada a partir da área total de 7K do sensor, e pode estar a par das melhores câmaras APS-C (não posso fazer um comparativo directo, só por memória, peço desculpa).
No entanto, e quando gravamos a 4K/60p (que não é oversampled), tudo parece menos detalhado. Também há uma opção de 60p que usa uma área recortada de 1,81x do sensor, mais detalhada do que a versão em largura total, mas que usa uma área menor do sensor.
Estabilização de imagem em vídeo
A estabilização de imagem da R7 é francamente excepcional, mas não há espaço para milagres; Se conseguimos grandes resultados em panorâmicas, já quando caminhamos mais rapidamente não há forma de atenuar mais esse nosso movimento. Contudo, e para maior estabilidade, podemos escolher o modo IS digital que compensa como pode esses nossos movimentos.
Foco automático em vídeo
Ao contrário do modo de fotos, o rastreamento de AF não funciona com todos os modos de área AF, apenas o Whole Area AF da Canon. Portanto, há três modos de detecção específicos que funcionam durante a captura de vídeo, assim como a detecção de olhos, independentemente da selecção da área AF.
Em termos de desempenho, a EOS R7 faz um bom trabalho em manter o foco desde que o assunto não saia do ponto AF.
A objectiva que veio com a EOS R7, a Canon RF-S18-150mm F3.5-6.3 IS STM
A Canon RF-S18-150mm F3.5-6.3 IS STM é uma objectiva muito versátil e, por conseguinte, ideal para fotografia e vídeo, pois combina uma ampla gama de Zoom e uma operação bastante silenciosa.
Com alto desempenho e alta ampliação, oferece zoom de 18-150mm (equivalente a 35mm com cobertura de 29-240mm).
Oferece cobertura Dual Pixel CMOS AF de 100% x 100% para sensores APS-C e cobertura Dual Pixel CMOS AF de 80% x 80% para sensores full frame (no modo de corte).
A Estabilização de Imagem óptica oferece até 4,5 stops de correcção, e até 6,5 stops com o IS Coordenado, ideal para situações de fraca luminosidade.
Resumindo, é uma objectiva versátil ideal para fotografia criativa e filmes.
Conclusão
A Canon EOS R7 é uma mirrorless APS-C muito versátil e completa, sendo um bom investimento tendo em conta a relação qualidade/preço. Com uma objectiva adequada como foi o caso nesta experiência, é uma unidade que consegue excelência em todos os parâmetros e necessidades. Destaco a velocidade da focagem automática e a estabilização vídeo, para além do funcionamento silencioso da óptima objectiva.
Preço
- Excelente para entusiastas de fotografia, especialmente de vida selvagem, desporto e acção
- 32,5 MP, sensor APS-C, 15 fps, estabilizador de imagem de até 7 pontos, Dual Pixel CMOS AF II
- Filmes em 4K, Wi-Fi e Bluetooth, transmissão em direto para o YouTube, ecrã de ângulo variável
Pack câmara mais objectiva: 2.129,99 €
Galeria:
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