Microsoft

50 anos de Microsoft e o caminho (real) até à era da Inteligência Artificial.

Parece que a Inteligência Artificial apareceu do nada para mudar o mundo — mas, como sempre, há décadas de trabalho por trás da cortina. A Microsoft tem estado nesse palco desde o primeiro acto e, meio século depois, continua a escrever os guiões da próxima revolução tecnológica.

De sistemas operativos a supercomputadores, de redes neurais a assistentes de programação, a IA da Microsoft é resultado de uma série de marcos discretos, mas absolutamente transformadores. Eis o que vale mesmo a pena saber:

Tudo começou antes da febre da IA (e do próprio Bing)

Em 2009, a Microsoft lançou o Bing com capacidades de linguagem natural e pesquisa semântica — um embrião do que viria a ser o Copilot anos depois. Já o Project Oxford, em 2015, lançou as bases para a IA no Azure com reconhecimento facial, voz e linguagem.

A partir daí, tudo acelerou.

Azure AI Foundry: o coração digital da nova IA

Hoje, a cloud da Microsoft é alimentada por décadas de avanços e milhares de experiências. Azure AI Foundry é o núcleo: uma infraestrutura usada por mais de 60.000 organizações e 65% das empresas da Fortune 500. Foi aqui que nasceram o Azure OpenAI Service, o Microsoft Cognitive Services e muitos dos modelos que hoje dominam a IA conversacional.

O impacto silencioso da ResNet

Em 2015, o mundo técnico conheceu a ResNet – uma estrutura de redes neurais profundas que ainda hoje alimenta sistemas de visão computacional, de carros autónomos a equipamentos médicos.

Peter Lee, da Microsoft Research, não tem dúvidas: “Se está a usar um sistema de imagem, está a usar ResNet.”

Paridade com o cérebro humano? Sim, mas em silêncio

Entre 2015 e 2020, a Microsoft atingiu paridade com desempenho humano em tarefas como reconhecimento de fala, tradução e leitura automática. Foi o início da aprendizagem multissensorial com base no XYZ-code — uma fusão entre linguagem, imagem e som.

Seeing AI, DAX e mais IA com impacto real

A IA da Microsoft não vive só na nuvem. Em 2016, chegou a app Seeing AI para pessoas cegas ou com visão reduzida. Em 2020, o DAX Copilot (hoje Dragon Copilot) mudou a prática médica ao permitir registos automáticos das consultas, com recurso a voz.

Supercomputação para IA e a aliança com a OpenAI

Em 2020, a Microsoft apresentou um supercomputador Azure para a OpenAI. Hoje, esse investimento é o motor de modelos como o GPT-4 e muitos dos serviços que usamos no dia-a-dia, como o Copilot ou o ChatGPT.

GitHub Copilot: programar nunca mais foi igual

Desde 2021, o GitHub Copilot transformou-se no companheiro de código favorito de mais de 77.000 organizações. Oferece sugestões, trechos de código e uma experiência de programação simplificada. Hoje é um “verdadeiro assistente de desenvolvimento”, com capacidades de revisão automática e modo agente.

Copilot em todo o lado

Com o Copilot integrado no Bing e no Edge desde 2023, a pesquisa online transformou-se numa experiência interactiva. Rapidamente se espalhou por toda a linha Microsoft: do Office ao Dynamics 365, da Power Platform ao… PC.

Copilot+ PCs: IA integrada no hardware

Em 2024, surgem os primeiros Copilot+ PCs com NPU dedicada, capazes de correr IA localmente, sem ligação à internet. São até 20 vezes mais rápidos e 100 vezes mais eficientes em tarefas de IA.

AutoGen, Phi e Muse — o futuro já começou

Em 2023, nasce o AutoGen, uma framework open-source para criar e gerir agentes de IA cooperativos. Já em 2024, surgem os modelos Phi, pequenos, rápidos e ideais para dispositivos móveis — tudo feito para funcionar offline.

E em 2025, o Muse mostra o poder da IA generativa nos videojogos, ao aprender regras e mecânicas de mundos virtuais — desbloqueando novas possibilidades de criação de jogos com narrativa dinâmica e ambientes reativos.

A missão continua

“A Microsoft não quer apenas desenvolver IA — quer criar o ecossistema onde ela pode viver, evoluir e ajudar,” afirma Peter Lee. É uma abordagem que liga investigação de ponta, produto e impacto social.

🔗 Mais informações no blog oficial da Microsoft
🔗 Celebra os 50 anos da Microsoft no microsite oficial

João Gata

Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.

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