Motorola Razr 50 q15

Ah, o Razr 50! Tive todos os Motorola Razr, excepto o rosa. Portanto, foi de forma saudosista que abri a caixa para admirar, dobrar, abrir e ligar este magnífico regresso ao… passado? Futuro? Bom, vocês, da minha geração (que sendo a X é somente a melhor), sabem o que quero dizer. É que do passado o novo Moto Razr 50 aponta ao futuro!

Motorola Razr 50, o regresso ao futuro

O Motorola Razr 50 é um pouco menos oneroso que o seu mano mais completo e que tem um Ultra após a designação. Existem diferenças entre ambos e nota-se que a Motorola (ou a Lenovo, neste caso) quer marcar uma posição neste segmento agora que abriu mais mercados, nomeadamente o português, com uma gama muito completa (a que devemos juntar o Razr 40).

O Razr 50 apresenta-se como um dispositivo elegante, disponível em três cores: Spritz Orange, Koala Grey e Beach Sand. A traseira em couro vegan não só confere um aspecto sofisticado, mas também melhora a aderência e transmite confiança a quem o pega – algo raro em dobráveis, conhecidos pela sua delicadeza e material muito escorregadio.

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Incluído na caixa está uma capa de protecção que oferece uma camada extra de segurança sem comprometer o design do telemóvel, com duas argolas que são úteis para colocar uma correia, também presente na caixa, e pendurar ao pescoço. Esta secção do meio da capa precisa de algum uso, pois no início tende a manter a dobra e prende a abertura total do telefone. Mas isso passa.

Pena termos de colocar uma capa de segurança extra, pois este Razr 50 com este acabamento é fenomenal para agarrar e tocar. Mas o desenho desta capa até facilita a abertura do Razr 50 com uma mão.

Funcionalidade do Ecrã Externo

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O ecrã externo pOLED de 3,63″, menor que o da versão Ultra, com laterais curvas e as duas objectivas recortadas, é extraordinário em visualização e função. Mas não é pelo diminuto tamanho (comparativamente com o ecrã principal, que fraqueja nas qualidades técnicas, muito pelo contrário. Ora vejam: HDR10+, 10 bits, gama cromática 100% DCI-P3, taxa de actualização até 90 Hz, taxa de toque a 120 Hz e pico de brilho a 1700 nits.

Sendo totalmente personalizável, permite realizar diversas acções, desde responder a mensagens no WhatsApp e demais serviços, até jogar jogos que já vêm pré-instalados, como o Marble Mayhem, optimizado para este formato.

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A funcionalidade prática reduz significativamente a necessidade de abrir o dispositivo para tarefas simples, pois acedemos a tudo (ou quase tudo), desde calendário, eventos, emails, redes sociais, câmara, etc.. Aliás, tudo está tão bem pensado e feito que percebo porque incluiu a Motorola a guita do pescoço no pack inicial, pois será a forma mais prática de transportar este Razr 50 (para quem não tem medo de puxões nesta “nova” Lisboa ou Porto).

E o ecrã principal

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O hinge, ou a dobra, só a muito custo se vê e sente. Aliás, quem compra um dobrável sabe que é uma característica dos modelos, não um defeito. Mas ela vai ficando menos pronunciado ao longo dos anos, como é suposto acontecer.

O ecrã principal FHD+ pOLED de 6,9″ (2640 x 1080) chega aos 413 ppp e tem uma qualidade espantosa para o que sabemos ser uma tira de plástico, e o formato é um pouco mais alto que a mais tradicional medida, com um ratio de 22:9.

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Sim, é verdade, torna tudo um pouco mais complicado para se aceder um um dedo da mão e cria duas barras mais pronunciadas quando se vê vídeos no youtube, mas o formato leva a este tipo de solução.

O coração

No interior, o Razr 50 é alimentado pelo MediaTek Dimensity 7300X, garantindo uma experiência fluida no uso diário. A performance é consistente, com uma interface limpa e livre de bloatware – uma assinatura da Motorola.

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Os 8GB de RAM LPDDR4X podem ser dobrados de acordo com a exigência de certas aplicações ou funções, e contamos com 256GB de capacidade. É suficiente para 90% dos utilizadores, penso eu.

Embora multitarefas intensas e o uso da câmara exijam mais do processador, a experiência global permanece positiva. A ver vamos se consegue suportar as exigências futuras de uma IA adulta.

Com uma bateria de 4.200mAh, o Razr 50 oferece uma autonomia ligeiramente superior à da versão Ultra (4.000mAh). Numa utilização “hardcore”, consegue durar um dia completo com uma única carga – um feito notável para um dobrável, que geralmente sacrifica a duração da bateria devido ao seu formato e espaço reduzido.

Câmara e Fotografia

Câmara traseira principalEcrã principal: ecrã FHD+ pOLED de 6,9″Ecrã externo: ecrã pOLED de 3,63″
Câmara 213 MP (f/2,2, 1,12 μm)Ultra angular/macroFOV de 120°

O Motorola Razr 50 tem uma câmara principal de 50 MP com estabilização óptica (OIS) e uma ultragrande angular de 13 MP, que também funciona como macro. Podemos ainda tirar selfies com estas câmaras usando o ecrã externo. Para selfies no ecrã principal, há uma câmara frontal de 32 MP, mas… pergunto para quê se temos a possibilidade de usar as principais e obter melhores resultados.

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Oferece recursos como segmentação de cores, captura de acção com IA e modo camcorder.

O Razr 50 consegue boas fotos de paisagens ou retratos em exteriores. No entanto, em interiores ou com pouca luz, a qualidade cai bastante, e fotografar sujeitos em movimento resulta em imagens com falhas visíveis.

O zoom é outro ponto fraco, com imagens pouco detalhadas devido à falta de uma lente teleobjectiva. A ultragrande angular, com um campo de visão de 16 mm, também é menos ampla e detalhada comparada a outros modelos semelhantes.

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Nos vídeos em 4K a 30 fps, o Razr 50 impressiona pelo nível de detalhe. Porém, há bastante ruído de imagem, principalmente em situações de pouca luz.

Concluindo

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O Moto Razr 50 apresenta-se como uma opção atractiva para quem deseja explorar o universo dos smartphones dobráveis sem gastar uma fortuna.

Com um design elegante e sofisticado, funcionalidades úteis e um preço que posso considerar competitivo, a Motorola posicionou este modelo como uma alternativa sólida no mercado.

Apesar de haver aspectos a melhorar, como o desempenho da câmara e a fluidez em multitarefas, as primeiras impressões mostram que o Razr 50 cumpre as expectativas. Se desejarmos mais qualidade, podemos sempre optar pela versão Ultra, não é?

Se procuram um dobrável acessível, com boa performance e um toque de sofisticação, o Moto Razr 50 pode ser a escolha ideal porque é realmente muito bonito, moderno, jovem, apelativo e com bom coração (tecnológico).

Preço

Desde 660 a 850€, há que procurar!

João Gata

Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.

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