Analise ASUS Zenfone 11 Ultra c

O ASUS Zenfone 11 Ultra posiciona-se como um topo de gama robusto e competente e visualmente diferente, adaptando funcionalidades da linha gaming ROG Phone 8 a um dispositivo mais “normal”.

Com um painel OLED de 6,78″ e taxa de actualização até 144Hz em modo gaming, oferece uma experiência fluida e vibrante. No entanto, fora do modo de jogo, “limita-se” a 120Hz, com tecnologia LTPO que ajusta a taxa de actualização até 1Hz para poupar bateria.

Design e construção

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O Zenfone 11 Ultra apresenta um design elegante, disponível em preto ou azul, com linhas prateadas simétricas na parte traseira que não só conferem um toque premium, como também ajudam na aderência.

Contudo, o destaque negativo vai para o bloco de câmaras, cuja protuberância acentuada dificulta o manuseio sobre superfícies planas. Esta escolha de design pode dividir opiniões, sendo parcialmente resolvida com uma capa de protecção (que infelizmente não está incluída).

Apesar da construção sólida com vidro Gorilla Glass, o peso do dispositivo é evidente. Embora a ergonomia não seja ideal para quem prefere smartphones mais leves, os acabamentos robustos compensam.

O coração

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Equipado com o processador Qualcomm Snapdragon 8 Gen 3, 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento na versão base, o Zenfone 11 Ultra posiciona-se como um equipamento verdadeiramente potente e apto para qualquer exigência.

A autonomia é garantida por uma bateria de 5.500 mAh que, aliada às capacidades de inteligência artificial (IA), gere o consumo de forma eficiente.

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Durante o tempo em que o usei, o dispositivo superou a média de uso diário sem necessidade de recarga, mesmo com sessões prolongadas de streaming e gaming leve, o que só se pode aplaudir.

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O suporte para carregamento rápido até 65W e carregamento sem fios de 15W são bem-vindos, embora o carregador não esteja incluído (agradeçam à Apple).

Câmaras

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Embora o ASUS Zenfone 11 Ultra brilhe em vários aspectos, a funcionalidade que provavelmente mais interessa ao público é a qualidade da câmara. E, neste ponto, o Zenfone apresenta um truque engenhoso: estabilização tipo gimbal.

Estabilização Tipo Gimbal

Os movimentos abruptos ou vibrações durante a filmagem são suavizados de forma, posso mesmo dizer, impressionante. E podemos até perceber como o sistema funciona, observando a lente principal enquanto grava e os movimentos compensatórios.

Esta estabilização híbrida de 6 eixos tem ainda funcionalidades como o HyperClarity que ajudam os vídeos e fotografias mais estáveis, mas a tendência para uma nitidez excessiva pode prejudicar a qualidade final.

Com três lentes traseiras — principal de 50 MP, telefoto de 32 MP e ultra grande-angular de 13 MP —, o Zenfone 11 Ultra apresenta resultados competentes.

A câmara frontal de 32 MP cumpre, mas não se destaca. Adicionalmente, o uso de IA para melhoramentos como zoom digital e identificação de objectos é útil, mas não reinventa a experiência fotográfica.

Funcionalidades adicionais

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O Zenfone 11 Ultra traz algumas escolhas interessantes, como o Smart Key, que permite configurar funções para o botão on/off.

Além disso, destaca-se o uso de IA em funcionalidades práticas, como a transcrição de chamadas em tempo real e tradução simultânea. Estas características mostram como a marca procura inovar, embora com limitações em áreas como a personalização de wallpapers gerados por IA.

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Mas, o que quero mesmo sublinhar é uma pequenita ficha de 3,5mm (minijack) que, só por si (e na ausência dos Xperia de Portugal), faz pensar muito na sua compra para quem leva o áudio a sério.

Concluindo

O ASUS Zenfone 11 Ultra é um smartphone sólido que combina uma experiência de utilizador consistente com funcionalidades modernas e um preço competitivo.

O ecrã é, sem dúvida, o ponto mais forte, aliado a uma autonomia excepcional. Contudo, a falta de ousadia em design e a curta janela de actualizações de software colocam-no numa posição de menor destaque face aos gigantes do sector.

Termino com uma opinião que sei que pode não ser consensual: tenho saudades dos modelos anteriores da Asus, como o Zenfone 9 e o 10, de tamanho compacto e super competentes. Mas a marca optou por alinhar com todas as demais e procurar cativar clientela com um ecrã da mesma dimensão de 90% dos concorrentes. Será que foi uma boa jogada?

Preço

929€

João Gata

Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.

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