Já tinha umas quantas lâmpadas WIZ pela casa, que funcionam mais ou menos bem com a Alexa, mas queria experimentar todo o mundo Philips Hue para ver e sentir a diferença.
A agência foi lesta em fazer-me chegar a casa um Hue Starter Kit E27 e mais uns quantos acessórios, para poder perceber, finalmente, o hype que esta solução continua a gerar um pouco por todo o mundo. E, na verdade, entendi logo à primeira!
Para informação técnica, cada lâmpada tem 9 KWh/1000h, 806 lumens e diz-se que aguentam 50.000 utilizações. Ou seja, o kit de três lâmpadas de 9W equivale a 3x 60W, o que serve para iluminar bem uma sala.
Começar com um Kit Hue
Começar com um Hue Starter Kit é uma excelente opção, quiçá a melhor, para chegar a casa, desempacotar, montar as lâmpadas e os acessórios (um deles imprescindível) e começar a interligar tudo com tudo, inclusive um assistente pessoal como o Assistente Google ou Alexa, sendo também compatível com Apple homekit e, pasme-se, o defunto Cortana.
O kit E27 é composto por três lâmpadas inteligentes, um interruptor de regulação on/off e intensidade de luz e a tão necessária Bridge.
A Hue Bridge é o coração do sistema
A Hue Bridge é o coração de todo o sistema, um pequeno cubo com leds azuis, que se conecta ao smartphone ou tablet, assistentes de voz e demais acessórios Smart, como interruptores sem fios (como o que vem na caixa) ou até sensores de movimento.
Após a instalação, permite-nos estabelecer rotinas ou programas que podemos criar para mostrar que está gente em casa (quando não está) ou ligar/apagar toda uma parte da casa apenas por movimento.
Sistema perfeito para apontamentos de luz
Se me perguntam “mas a WIZ não faz isso?”, respondo que sim, faz e bem, sendo uma boa alternativa. Mas as lâmpadas funcionam apenas por Wifi, o que pode ser problemático quando a rede internet falha. Já com a Hue, podemos comandar todo o sistema sem depender dessa mesma internet.
A Hue Bridge permite a ligação de até 50 luzes e acessórios, número que é muito mais que suficiente para um apartamento, e podemos “brincar” horas a fio ao criar rotinas e temporizadores, assim como efeitos de luz muito interessantes, como a imitação da luminosidade e ambiente criado por uma lareira. Sim, a app, no meio de um completo e elaborado menu, até têm essa (e outras) opção como preset.
O interessante é que, através da Alexa, é mais fácil o entendimento das ordens do que com as lâmpadas WIZ, pelo menos na minha experiência, o que me vai levar a optar por comprar um kit Hue num futuro próximo, assim como os acessórios mais importantes.
Mesmo com branco “frio” o ambiente é cozy
O dia a dia
É importante ter tudo bem instalado, o que obriga a manter as apps dos nossos equipamentos Smart actualizados nas últimas versões. Se com a Alexa é fácil colocar o Roomba a aspirar, pausar e regressar “a casa”, também se torna fácil ouvir música num par de colunas Amazon emparelhadas através do Spotify, por exemplo. Tudo se torna mais fácil, principalmente com os cada vez mais equipamentos que suportam este tipo de conectividade.
O que me satisfez nas lâmpadas Hue, ao longo do teste, é poder alterar não só a luminosidade, mas também a cor de cada lâmpada instalada em grupo ou sozinha. As ordens são acatadas depressa e sem qualquer atraso, e basta memorizar alguns dos exemplos de iluminação colorida para dizer o nome e ter o resultado. Mesmo nas mais difíceis, como o modo lareira cintilante, só obriga a dizer a ordem de forma correcta. Aí é o factor humano que pode falhar.
O Hue Dimmer switch funciona sem a Hue Bridge, está pronto a ser utilizado logo após instalar a lâmpada e permite controlar até 10 luzes diferentes.
O Hue dimmer tem uma base que se cola à parede, cujos magnetos vão suportar o controlador em si, que tem quatro botões: ligar/desligar e mais ou menos luminosidade. Mas, através da App, podemos programar mais toques (curtos ou longos) e dar-lhe uma acção.
É um acessório a ter em conta, visto que facilita todo o processo sem termos que aceder à App ou ao assistente de voz.
Concluindo
O Hue Starter Kit é a forma ideal de entrar neste mundo “esperto” da domótica, pois é muito fácil de compreender, instalar e pôr a funcionar.
O processo é simples e a app, que está francamente bem feita, permite começar a “brincar” com o sistema de luzes e demais acessórios num piscar de olhos.
Para além das inúmeras cores que podemos escolher, tanto pela app quanto por voz, é por demais interessante escolher os presets para não perder tempo. Mas, se formos puristas e quisermos tudo a condizer, que tal tirar uma fotografia a um cesto com laranjas para as lâmpadas ficarem exactamente com esse tom da fruta? É verdade, dá para programar por fotografia e outros inputs. Mais cool que isto é difícil!
E que tal estabelecer temporizadores de acordo com a luz natural ou até em conjugação com o termóstato e temperatura da sala? Também é possível determinar exactamente o comportamento que queremos da iluminária a partir de certas horas do dia. As 24h podem ser programadas totalmente e de acordo com as nossas preferências, por grupo ou individual.
Tudo isto é muito bonito e tentador, mas o problema está no leque de ofertas da Hue que vão desde faixas RGB, a sensores de movimento, light bars e o sistema TV Link. E porque digo problema? Porque a qualidade não sai barata… Mas a comprar, que se tenha a garantia de uma marca, dois anos sem preocupações e a certeza que tudo está nos conformes quando toca a poupança energética e fiabilidade. E neste campo, é quase impossível bater a Philips.
Preço
O preço depende do tipo de Kit. É procurar pelas lojas online e escolher a melhor opção.
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