HP Omen Vector Wireless Mouse Análise a um rato muito personalizável
Como sabem, nem que seja pela minha provecta idade, não sou um gamer. Gosto muito de jogos, atenção. Aliás, o meu segundo computador, depois de um Macintosh LC, foi um extraordinário Commodore Amiga 400. Portanto, e para a maior parte de vocês, sou uma referência vintage.
Tenho tido todas as Playstation à excepção da quinta. Não sei porquê, embirrei. E, depois, do que gosto mesmo é de jogos com carrinhos ao invés de tiroteios e tareia, portanto não há grande diferença dessa questão dos títulos do costume (F1, Drift, GranTurismo, etc.).
Portanto, não sou um fulano fácil. No telefone jogo Formula 1 e Real Racing 3 e, deixem cá ver…Monument, Limbo, Sky, The Chronos Principle, um snooker e um ténis. E acho que chega. Um telefone serve para telefonar.
Assim sendo, sou talvez o pior dos analistas ou pessoas que escrevem sobre tecnologia para receber um trio de acessórios gamer, desta feita da HP, que conjuntamente com este rato enviaram um teclado mecânico e uns auscultadores todos xpto e, respectivamente, dão pela designação do rato Omen Vector, do teclado Omen Spacer e, finalmente do combro auscultadores /microfone Omen Mindframe Prime. Ainda não sei se os publicarei todos de uma vez se reservo espaço para cada um.
Pelo que entendo à primeira, tudo isto é mais ou menos um luxo. Vamos então por partes e começamos pelo rato.
HP Omen Vector wireless version
Tem uma excelente pega e é muito semelhante, fisicamente, aos demais ratos gaming. Feito de plástico, tem, talvez, o peso certo, um excelente grip e os botões já considerados normais: avanço e retrocesso com tamanho maior que o usual, dpi, esquerdo/direito e a roda com click enter.
O avanço num tapete de fraca qualidade, daqueles de 5€, pareceu-me algo lento o que me exigiu mudar o dpi. Logicamente que temos RGB e que podemos mudar a iluminação de acordo com o nosso setup (desculpem, mas isto dos setups faz-me rir porque em vez de se procurar a praticabilidade opta-se pelo que tem “pinta”).
A bateria, que é recarregável por USB-C, nunca mais acaba, e carrega uma hora em 15 segundos. É mesmo extraordinária, pois durante todo o tempo que o usei nunca necessitei de recarregar. E estou convencido que o entreguei ainda com carga para semanas de trabalho.
Tem um super sensor e vai até 1600 DPI o que é, convenhamos, de realçar. Uma nota também para os 400 IPS e aceleração 4G.
A base guarda o conector USB que no fim tem um íman que o “agarra” consideravelmente e, atenção, sendo USB-A pode ser arrumado de ambos os lados o que não deixa de ser prático e curioso. Esta base aloja, para além do sensor, o botão on/off.
Este dongle USB-A pode ser conectado a um adaptador que depois possibilita a ligação ao longo cabo USB-C que possibilita que o dongle fique mais próximo tiver do rato, o que garante menos latência (ou quase nula). Ou seja, um sistema muito semelhante ao da Asus. Um ponto menos positivo: a possibilidade de conexão por Bluetooth não existe. E, num rato com estas características, seria a cereja no topo do bolo. E sim, eu sei que os gamers preferem o cabo para não se atrasarem no tiro ao alvo, mas de qualquer forma, seria um addon importante.
A roda e os cliques
Pois que a roda, depois que a Logitech a reinventou, está longe de ser perfeita. De plástico, com um design meio “azteca” entre as extremidades com leds que vão mudando de cor, é lenta e faz-se ouvir. E o click central também é sonoro, mas como muda a cor da roda de acordo com o setting DPI, podemos viver com isso.
Contudo, vai dar-se por ele aquando um qualquer streaming, e esse “barulho” passa a ser também um factor decisivo porque, embora menos, continua a fazer-se ouvir nas teclas laterais e no próprio botão esquerdo e direito. É uma pena, porque o toque é sólido e a rapidez permite um bom “flow” de jogo (já estou a aprender).
O símbolo colorido onde colocamos a palma da mão muda de acordo com a cor da roda, ou seja, com o DPI escolhido. E é interessante vê-lo a apagar quando é coberto pela mão assim como o seu contrário. Dá um certo toque cool.
Conforto de utilização
É um rato grande e bem desenhado. Ergonómico quanto baste num rato desta categoria, agora que estou mais habituado aos verticais, não me cansou a mão nem os dedos e não senti o pulso a latejar, o que são excelentes notícias para este Omen Vector.
Sofware
A HP tem uma aplicação dedicada para os seus produtos Omen e o vector pode ser bastante melhorado a partir daqui, pois permite alterar parâmetros, para além de ver quanto bateria resta, se é necessário mudar para o modo menos gastador, etc.
Permite customizar duas secções de luz e também o seu comportamento (estática, cíclica, pulsativa) e a velocidade.
Podemos mudar esquemas de cores e alterar três zonas e, felizmente, desligar toda esta festa colorida.
Para finalizar, também nos é permitido alterar a sensibilidade do indicador e do próprio DPI, aceleração, ângulo, etc. Mas nem perdi tempo com isso porque, lá está, não sou gamer. Existem até oito níveis até 100 dpi. É, parece-me, brutal, o que acham?
Botões
Podemos também a partir desta app, alterar as funções dos botões do rato, visto que todos são programáveis. Podemos também programar Macros, media keys, acções, etc. Todo um mundo para explorar e gastar o tempo de forma muito consciente.
Concluindo
É um bom rato, muito bem construído e, com a ajuda da aplicação, parece-me muito personalizável e capaz de agradar a qualquer gamer que se preze.
Tem um excelente grip em ambas as laterais, mas o resto do corpo, principalmente superior que é o que mais utilizamos, não tem qualquer textura, o que pode, com o suor que os jogos provocam, causar algum tipo de lentidão.
O RGB dá sempre aquele toque mais eficaz para uma secretária gamer, mas e acima de tudo, é o controlo quase perfeito da jogada devido ao DPI. Podemos também usá-lo com cabo para os jogos mais exigentes e se tivermos um excelente teclado ao lado.
A bateria é excepcional e nunca vai deixar um jogo a meio. E a rapidez de carregamento, dizem, é a mais rápida do mercado. Tudo pontos a favor.
O preço anda à volta dos 90€
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