Portentoso, esbelto, extraordinário e alongado. Mas será que vale a fortuna que custa? Eis a análise ao Samsung Galaxy S8 Plus.
A Samsung sabe fazer objectos de desejo, tal como a Apple teve esse toque de Midas durante longos anos. O Galaxy S8 plus insere-se no restrito grupo do “amor à primeira vista”. Se até hoje o ser humano se perdia de amores por outro humano, hoje as coisas estão mais confusas e até há quem case com máquinas.
O S8 Plus é realmente muito bonito, uma espectacular obra de engenharia e design. De corpo metálico, salta à vista o ecrã Infinito (infinite edge) arredondado nos extremos e alongado verticalmente.
Este novo formato de ecrã, 18×9, é, à primeira vista, estrondoso. Pensamos “que grande pinta, vou ver vídeos a todo o tempo e tenho mais ecrã útil para trabalhar”. Mas ainda é um engano. Ser-se early adopter significa estarmos na crista da onda mas, por outro lado, sabemosque não podemos espremer todo o sumo que um recente formato anuncia com pompa e circunstância.
É até uma experiência agridoce: se por um lado temos um dos mais espectaculares ecrãs na nossa mão, por outro precisamos de conteúdos com
patíveis com o seu formato. De nada vale um zoom para preencher a totalidade das 18×9 polegadas se cortamos o enquadramento. Por outro, ter duas barras pretas nas extremidades é, convenhamos, uma revisita aos tempos do 4×3 televisivo.
A máquina S8 Plus é portentosa, com tudo o que é top de hoje em dia. Podem checar o blogue para toda a informação técnica e demais links.
Mas o que interessa é saber até que ponto um smartphone de mil euros é realmente capaz de nos ajudar às tarefas ou, por outro lado, apenas assina um statement de marca.
Sim, o S8 Plus é capaz de ser o equipamento mais rápido à face da terra. Tudo corre às mil maravilhas, com uma qualidade de imagem apenas soberba, os processos são quase instantâneos, o som é alto mas, infelizmente, monofónico através de uma simples coluna.
Podemos sempre ser mais lestos ao religar um smartphone e a Samsung esmerou-se neste campo melhorando as recentes funções inauguradas nos recentes Galaxy: por exemplo, destravar com a impressão digital passa a ser uma coisa ultrapassada quando podemos usar a nossa própria íris para o mesmo efeito. Repare-se que já nem se fala dos códigos desenhados ou numéricos, isso é muito demodé. Mas será que olhar fixamente para o sensor é rápido o suficiente? Pela minha experiência, funciona muito bem durante o dia, mas com pouca luz é, obviamente, complicado.
Tentei também perceber se o novo reconhecimento de rosto pode ser um trunfo tecnológico. Bom, ele funciona e é rápido, mas não é muito seguro. A marca garante que o sistema de destravamento por este meio não dá acesso à pasta segura. Mas agora pergunto eu: quem é que usa a pasta segura?
Outro problema que me assistiu é a localização do sensor biométrico. Fica na parte traseira mas mesmo ao lado da objectiva fotográfica. Na maior parte das vezes, cheguei lá apenas por tacto e proximidade, ou seja, perdi tempo e sujei a lente. A opção é má e a Samsung não ouviu estas criticas construtivas que são quase generalizadas. O novo Galaxy Note não muda o status quo.
Mas deixemo-nos de coisas menos boas pois o S8 Plus é muito mais que um simples telefone: a câmara fotográfica com 12MP e super megapixel é das melhores do mercado, possibilitando extraordinários resultados tanto em foto como em vídeo. Cores muito nítidas, pormenores de eleição e contrastes fidedignos, ajudam o artista imagético que há em nós. Toda a suite de edição é funcional, temos filtros criativos para dar e vender e, acima de tudo, o controlo manual de todos os parâmetros da máquina que, para quem sabe, ajuda e muito a conseguir o boneco perfeito.
Em resumo, o Samsung Galaxy S8 Plus é um portento. Trata-se de uma máquina fabulosa e esplendorosa. O novo formato de ecrã precisa que os conteúdos lhe sejam compatíveis e ficamos a torcer para que essa mudança não demore tanto tempo quanto a passagem do 4×3 televisivo para o actual 16×9.
O corpo é esbelto, bem construído e imaculado. Mas, e este é um grande mas, tive sempre receio de o deixar cair quando o tirava do bolso. Aliás, esta era uma constante preocupação que me fez ponderar se escolheria um S8 Plus para me acompanhar diariamente. Se adoro a máquina e o seu poder, prefiro ainda qualquer coisa menos moderna e sofisticada. Pelo menos por enquanto.
De qualquer forma, o Samsung Galaxy S8 Plus merece um Selo de Ouro.
Samsung Galaxy S8+
Especificações Técnicas
Dimensões | 159.5 x 73.4 x 8.1 mm |
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Peso | 173 g |
Cores disponíveis | |
Tipo Ecrã | Dual Edge Super AMOLED |
Tamanho Ecrã | 6.2″ |
Resolução Ecrã | 2960 x 1440 (Quad HD+) |

ecrã
6.2″
processador
Exynos 889 (4×2.3GHz + 4×1.7GHz)
ligações
NFC, USB, WLAN, Bluetooth, GPS
câmara
Dual Pixel 12MP OIS(F1.7)+8MP AF(F1.7)
memória
64 GB
sensores
Reconhecimento de Íris; Impressão Digital; Barómetro;
multimédia
acessórios incluídos
Auricular e cabo de dados