ChatGPT

Afinal, não precisas de dominar o ChatGPT e a IA para continuares a ser cool

Ahhh, o omnipresente ChatGPT! Hoje em dia, basta piscar os olhos para sermos engolidos por mais um avanço tecnológico. E entre os termos que voam como drones em conversas de café — inteligência artificial, chatbots, machine learning — surge a inevitável pergunta: preciso mesmo de aprender a usar o ChatGPT para manter o estatuto de avô moderno?

A resposta, felizmente, é não. Ou melhor, não necessariamente.

Segundo um artigo publicado pela WIRED, não há razão para que os avós do mundo se sintam ultrapassados só porque não conversam com máquinas. O autor, Reece Rogers, põe o dedo na tecla certa: os netos gostam de ti pelo que és, não pelas apps que usas.

Ser digital não é o mesmo que ser presente

Claro que é simpático saber enviar um GIF animado, partilhar uma playlist no Spotify ou até explorar as maravilhas do ChatGPT para gerar poemas sobre cães com sotaque do Minho. Mas nada disso substitui um telefonema atempado, um almoço de domingo ou uma conversa olhos nos olhos.

A cultura digital está em constante mutação. Hoje é o ChatGPT, amanhã será um algoritmo que escreve novelas enquanto faz café. Entretanto, o mais importante continua a ser o mesmo: estar presente. E, já agora, lembrar onde se pôs os óculos…

Sim, podes brincar com o CHatGPT e a IA — mas não te apaixones por eles

Há algo de divertido na ideia de explorares o ChatGPT com os teus netos. Podem escrever juntos uma história absurda, criar uma receita mágica de panquecas ou inventar um planeta onde os avós governam com sabedoria e chocolate quente. Transforma a curiosidade em tempo partilhado, e talvez até aprendas qualquer coisa útil — ou simplesmente divertida.

Mas cuidado: os chatbots mentem com confiança. Podem garantir que Napoleão foi campeão de esgrima no século XX, e fazem-no com tal convicção que quase acreditamos. Por isso, convém manter o espírito crítico… e o bom senso.

O que não muda? O afecto

A tecnologia pode evoluir, os interfaces podem ficar mais brilhantes, e os assistentes de voz podem aprender a reconhecer sotaques regionais. Mas há uma coisa que não muda: os laços reais.

“Diz aos teus netos que os amas. Que pensas neles. Que são importantes. Não precisas de um algoritmo para isso.”

O melhor hardware que um avô pode ter continua a ser o coração — e isso, felizmente, não precisa de actualizações.

João Gata

Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.

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