Nascimento Histórico: primeiro macaco com ADN modificado
Um grupo de cientistas chineses conseguiram um feito extraordinário ao criar o primeiro macaco modificado geneticamente com mais de dois conjuntos de ADN. Este primata de cauda longa tornou-se o primeiro macaco “quimérico” nascido em laboratório, apresentando uma face e pontas dos dedos verdes brilhantes, além de olhos fluorescentes verdes.
Explorando a quimera para estudos científicos
O estudo, publicado no jornal Cell, revela que os cientistas não criaram o macaco por capricho, mas para avançar em pesquisas científicas. A utilização de macacos quiméricos poderia oferecer uma abordagem mais precisa no estudo do desenvolvimento embrionário e na progressão de doenças em órgãos e tecidos vivos, comparado aos tradicionais ratos.
A importância da semelhança genética com humanos
Ao contrário de ratos, que têm grandes diferenças genéticas em relação aos humanos, os macacos compartilham um ADN mais próximo. A engenharia bem-sucedida de macacos quiméricos poderia proporcionar uma modelagem mais fiel de doenças humanas, sendo um avanço significativo na pesquisa celular e modelagem de doenças.
Os futuros desafios
Embora o macaco tenha nascido com sucesso, a sua vida curta destaca a necessidade de avanços na pesquisa genética. O estudo revela melhorias significativas em comparação a tentativas anteriores de criar macacos quiméricos, mas ainda há desafios a superar para garantir o nascimento de primatas quiméricos totalmente viáveis e saudáveis.
Destaque para a presença de células doadoras no tecido cerebral
Um ponto muito interessante do estudo é a presença de células doadoras no tecido cerebral do primata. Esta descoberta sugere que macacos quiméricos podem, no futuro, ser úteis na modelagem de “doenças neuro-degenerativas”, constituindo uma promissora linha de pesquisa para cientistas na área.

O fenómeno verde fluorescente
A peculiar cor verde do macaco quimérico foi intencional, adicionando uma proteína verde fluorescente às células doadoras durante a criação. Isto permitiu que os cientistas rastreassem facilmente a disseminação do DNA modificado, uma inovação notável na visualização das mudanças genéticas.
Um passo importante, apesar dos desafios
Apesar da importância desse avanço na pesquisa genética, é crucial reconhecer que o macaco não nasceu saudável, levando à sua eutanásia após apenas dez dias. O caminho em direcção ao primeiro primata quimérico verdadeiramente viável ainda é longo, mas este estudo pode ser visto como um marco ou, pelo menos, uma abertura para futuros avanços na área.










