A Pinker, uma nova aplicação de transporte TVDE, irá começar a operar em Lisboa no final desta semana ou no início da próxima.
O serviço, exclusivo para motoristas e utilizadoras do sexo feminino, promete oferecer uma alternativa focada na segurança e conforto das mulheres.
Mas mal vai a cidade, o país e a sociedade que obrigam a um passo destes, para todos os efeitos um espelho do que se passa “na rua” e a resposta a cada vez mais queixas.
Na verdade, e numa opinião pessoal, as licenças TVDE deveriam ser apenas “passadas” a pessoas com carta de condução profissional, ou carta de condução com mais de 5 anos (sem acidentes e incidentes), que falem português obrigatoriamente e que tenham uma carteira com identificação, número e foto bem visível no tablier.
Mas sabemos bem o que se está a passar…
Pinker: Uma alternativa segura e inovadora
A fundadora do projecto, Mónica Faneco, explicou que a principal missão da Pinker é criar um ambiente mais seguro e confiante para as mulheres que utilizam este tipo de serviços. “Queremos trazer segurança e confiança às mulheres, sendo uma alternativa ao que já existe”, afirmou, sublinhando que a Pinker não está a avaliar directamente os níveis de segurança das plataformas concorrentes, como a Uber e a Bolt.
A expansão da operação para o Porto e outras localidades está prevista após o lançamento em Lisboa, embora a responsável não tenha especificado a data exacta para o início das operações.
Uma ideia amadurecida pela pandemia
A ideia para a Pinker nasceu em 2019, inicialmente concebida como um serviço de ‘transfers’ e transporte para eventos exclusivamente feminino.
Contudo, a pandemia de covid-19 trouxe uma pausa que acabou por ajudar a amadurecer e estruturar o projecto, até que, este ano, chegou o momento certo para avançar.
“É uma aplicação 100% portuguesa, que exigiu um investimento significativo e bastante trabalho, mas que foi desenvolvida com calma e foco para assegurar um funcionamento eficiente”, revelou Mónica Faneco.
Adesão em alta e aprovação masculina
Embora a aplicação seja dedicada exclusivamente ao público feminino, Mónica Faneco destacou que o ‘feedback’ de homens tem sido surpreendentemente positivo. “Os homens têm filhas e mulheres, e dizem-nos que esta é uma alternativa muito boa por ser um serviço pensado para mulheres e com motoristas exclusivamente femininas.”
Até agora, a Pinker já conseguiu despertar o interesse de mais de mil motoristas em Portugal, estando igualmente licenciada para operar a nível europeu.
O mercado TVDE em Portugal
A Pinker junta-se às duas principais plataformas actualmente ativas em Portugal – a Uber e a Bolt –, diversificando o mercado de transporte em veículos descaracterizados (TVDE).
Este sector é “regulamentado” desde 2018, altura em que a legislação específica foi publicada no Diário da República.
Com este lançamento, a Pinker propõe-se a redefinir a experiência de transporte para mulheres, oferecendo uma alternativa segura e exclusiva num mercado competitivo.
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