Passei meia hora com um Huawei P20 Pro na mão o que deu para fazer bastantes testes para perceber o porquê de tanto entusiasmo.
Numa apresentação exclusiva para alguns meios que aconteceu no passado dia 7, fui apresentado ao novo smartphone Huawei P20 PRO (e variantes) num espaço pensado para oferecer uma experiência real para evidenciar alguns dos seus atributos, nomeadamente a já tão badalada tripla câmara. De lá até hoje, data para o lançamento oficial, li muita coisa, diverti-me com outras e achei fantástico o burburinho que a marca conseguiu e que resultou em inúmeros leaks, fantasias, adivinhações e futurologias.
Na verdade, a campanha bem orquestrada pela Huawei resultou: desde camiões com outdoors estacionados à frente das montras e lojas das duas concorrentes aos trocadilhos, em todos os idiomas principais, com as letras A.I., tudo foi pensado ao milímetro para suscitar a máxima curiosidade.
A Huawei venceu a pré-campanha antes do próprio lançamento. O poderio da marca chinesa tem conhecido travão no mercado norte-americano, cujo governo se mostra cada vez mais proteccionista, e decerto que estas proibições impostas à venda dos produtos da marca têm um fruto mordido por trás a fazer lobby.
Será por “vingança” ou por um “acaso” mas, na verdade, de uma coisa a Huawei não se vai “safar”: a semelhança entre o novo P20 e o Apple X +e tão evidentes que as marcas nunca estiveram tão próximas em termos de form factor, o que pode ser uma faca de dois gumes. A ver vamos como o mercado se vai comportar, sabendo já que as opiniões vão ser extremas.
Durante a apresentação londrina foi-me facultado um Huawei P20 Pro azul (com a ressalva que a capa traseira não era a versão final). A primeira noção que tive foi de algum encantamento, pois as três objectivas acordaram o fotógrafo que há em mim e não demorei muito até começar a experimentar as características de tal novidade.
Mas antes, há que mencionar muitos dados: o modelo é construído com corpo de metal e vidro (a que chamam compact glass) e transpira qualidade de construção. Pareceu-me muito equilibrado, estando o sensor de impressões digitais multifuncional colocado na base frontal sendo o único elemento diferenciador para o equipamento da Apple. Depois, sim, com um olhar mais atento, apercebi-me que o recorte no ecrã (notch) é bem menor, por exemplo e… pouco mais.
Por falar em notch, leiam o que escrevi sobre a utilização errada de “monocelha”.
O ecrã OLED tem 6,1” FHD+ com 2240 x 1080 pixels de resolução num formato 10:7:9. Devido ao design, parece mais pequeno que o Mate 10 Pro que tem a mesma dimensão de ecrã, mas andam ela por ela.
Idêntico ao topo de gama lançado no outono passado, é o processador Kirin 970 com 6/128 GB (valores que serão diferentes nas versões normal e lite). O P20 Pro conta com outra enorme vantagem que dará um duro golpe nos concorrentes directos: a adopção da super bateria do Mate 10 Pro com 4000mAh e recarregamento SuperCharge. Esta será, a par com a resistência a poeiras e água IP67, outro dos trunfos que vai fazer-nos desejar ter o Pro em vez das alternativas bem mais baratas.
A apresentação formal muito técnica e rápida (em que não foram permitidas fotografias) fez um resumo da gama P que convém relembrar: o P8 (ler análise) de 2015 apontou à criatividade do utilizador. O P9 (ler análise) de 2016 reinventou a fotografia neste tipo de equipamentos com a primeira câmara dupla. E o P10 (ler análise) de 2017 elevou a qualidade desse sistema tornando a gama numa das mais desejáveis pelos consumidores atentos às dinâmicas entretanto conseguidas.
O Huawei P20 Pro (a apresentação baseou-se no topo de gama) vem baralhar de novo o mercado com a adopção da tripla câmara com assistência A.I., ou seja, inteligência artificial. E não pensem que se fica pela alteração automática dos parâmetros ao reconhecer elementos pré-inseridos, como animais ou comida. As coisas evoluíram – e muito – desde Setembro de 2017….
Permitam-me um parêntesis: a opção em colocar o logotipo horizontalmente, na mesma linha das câmaras e sensores, mimetiza uma câmara fotográfica dedicada quando captamos uma foto ou gravamos um vídeo. Um “pequeno” pormenor que vale muito.
O que a Huawei diz sobre a utilização da A.I. é que é a ferramenta ideal para interligar tecnologia e pessoas.
O P20 Pro faz uso de um determinado número de processos “artificiais” que ajudam às funções do dia a dia. O telefone vai aprendendo o nosso tipo de utilização, as funções preferidas, o que mais fazemos, quanto tempo levamos em cada área de entretenimento, coloca tudo isto no forno e vai cozinhando lentamente o conteúdo para aprimorar e apurar o resultado. Esta analogia serve bem para mostrar como é o processo, mas isto já acontece com o Mate 10 Pro. Então porque tanto alarido em relação ao P20 Pro? Porque a Huawei promete resultados fantásticos e fotografias perfeitas graças a essa ajuda artificial.
No papel tudo é muito bonito, desde o Zoom 5X híbrido assistido por A.I. à badalada “Light Fusion”. Convém, por isso, demorar mais um pouco de espaço (!) a explicar o que me ficou dessa meia hora de experimentação.
A Leica mantém a associação à Huawei e a sua mestria continua a oferecer-nos, utilizador, uma potencialidade extraordinária. Mas esta tripla câmara vai mais longe com a tecnologia Light Fusion que captura quatro vezes mais luz que o normal o que garante uma qualidade de imagem nocturna pouco comum. Com uma abertura f/1.6, as três objectivas têm particularidades muito diferentes: o sensor principal RGB conta com 40MP (leram bem, com 1xRed/ 1xBigRed/ 1xBlue/ 1xBigBlue), o sensor monocromático (f/1.8) com 20MP e, a grande novidade, uma Telephoto (f/2.4) com 8MP. Esta será a responsável pelo tal Zoom híbrido 5X (perguntei no evento o valor óptico e foi-me dito rapidamente que era 2X). Para quem gosta de legendas: H 1:1.6 – 2.4 / 27-80 ASPH.
A câmara frontal também não se fica atrás e apresenta-se com um sensor de 24MP com Light Fusion. Convém também adiantar que toda a suíte fotográfica está redesenhada e muito mais prática com menus a que estamos habituados a ver em algumas marcas do mundo DSLR.
Se ainda não conseguiram fechar a boca depois do queixo caído, ainda atiro mais achas para a fogueira: ISO a 51200, sensor infravermelhos, sensor de temperatura de cor RGB, auto-focus laser e Flash LED.
A rapidez é também palavra de ordem com a função Ultra Snapshot a ser conseguida em apenas 0.3 segundos. A A.I. está também presente na focagem com o 4D Predictive Focus, ou seja, a focagem instantânea através da predição do movimento do objecto. E funciona perfeitamente!
E já que voltei à A.I., saliento que existem 21 modos automáticos, agora reforçados por Assistência à composição (enquadramentos de cena e/ou de grupos).
Mas é o sistema AIS da Huawei que me encantou ao permitir um tempo de exposição máximo até 8 segundos sem a utilização de um tripé. E, garanto-vos, fiz essa experiência e, se alguma vez vier a ter um smartphone com estes resultados, vendo o meu estabilizador digital de imagem. Sim, é assim tão bom!
Ainda temos o A.I. Smart Layout que é uma galeria inteligente, ou seja, a partir de agora, todas as fotografias estão concentradas no próprio equipamento, terminando com a dicotomia equipamento/cloud que tanta confusão nos faz (falo por mim).
Este conjunto de câmaras consegue resultados realmente extraordinários como comprovei no local. E, atenção, comparei os ditos com o meu próprio Mate 10 Pro que é um dos smartphones mais completos da actualidade, principalmente no que respeita à qualidade fotográfica. Mas estamos a falar mesmo de outro nível, muito superior quando se prime o botão do obturador. O que é escuro passa a estar perfeitamente retratado, a velocidade de captação de objectos em movimento nunca apresentou arrasto, o pormenor é francamente perceptível e até existem uns truques bem engraçados que nos permitem mudar o foco de luz num retrato em pós-edição, assim como modificar o fundo onde essa foto foi tirada (ver imagem com o meu rosto).
De salientar outra vantagem: a possibilidade de gravar vídeo a 4K mas, e também, optar pela Super Slow Motion a 960fps com qualidade 720p. Imaginem o que se pode fazer com isto!
Resta-me acrescentar Dolby Atmos, a ligação USB Type-C 3.1 com conexão DisplayPort, Bluetooth 4.1 ApTX,, o sistema operativo Android Oreo 8.1 acompanhado pelo EMUI 8.1.
Mas infelizmente, não existe a entrada para auscultadores o que realmente me chateia.
O Huawei P20 Pro terá uma cor exclusiva denominada “twilight” acompanhada pelas mais tradicionais preto, azul e creme.
A versão P20 apresenta um ecrã 5,8” FHD+, processador Kirin 970 com NPU, 4/128GB e bateria com 3400mAh.
Tanto o P20 quanto o P20 Lite têm dupla câmara 12MP RGB + 20MP monocromático com aberturas f/1.6 + f/1.8 e câmara frontal com 24MP de abertura f/2.0.
Foi, confesso, difícil guardar toda esta informação até às 14h30 horas de hoje, pois como puderam ler, o novo Huawei promete mesmo ultrapassar fronteiras técnicas e criativas.
Huawei P20 Pro: 899€
Huawei P20: 699€
Huawei P20 lite: 399€
OFERTAS DE LANÇAMENTO:
A Huawei oferece a Câmara Huawei 360 como oferta limitada ao stock existente para pré-compras efectuadas até 11 de Abril de 2018.
A Vodafone acaba de iniciar as vendas dos aguardados Huawei P20 e Huawei P20 lite em loja física e online. A par disso, a Vodafone também dá início às pré-vendas do topo de gama Huawei P20 Pro, que decorrem até 11 de abril.
Durante este período de pré-venda, os Clientes que adquirirem o Huawei P20 Pro receberão de oferta uma coluna Harman kardon Go no valor de €299,9, uma substituição de ecrã em caso de quebra e 15GB de dados móveis.
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