O ASUS ProArt PZ13 tem design e qualidade de construção: é muito robusto, mas deveria ser mais prático.
A ASUS tem muito orgulho na sua gama ProArt e tem razões mais que suficientes para manter um sorriso galhardo. Os ProArt são, na sua essência, o esplendor tecnológico da marca e é sempre interessante receber uma unidade para análise.
Se catrapisquei o ProArt P16 até para computador portátil de trabalho árduo (leia-se edição vídeo, DCP, etc.), fiquei-me pelo desejo quando vi o preço em Portugal. Eu sei, o que é bom sai caro, mas ainda tenho que amealhar uns tostões.
A marca, ciente disso, pregou-me uma partida e enviou-me o ASUS ProArt PZ13, um portátil que se apresenta como um híbrido 2-em-1 destacável. E foi com avidez que o tirei da caixa (ou fiz o unboxing, como vocês dizem).
ASUS Copilot+ PC
com capasem capa
O ASUS Copilot+ PC – ProArt PZ13 está equipado com motores de IA integrados para acelerar a computação de IA, o Microsoft Copilot para assistência personalizada e um conjunto de poderosas aplicações de IA da ASUS.
O ASUS ProArt PZ13 tem uma construção sólida em alumínio e certificação MIL-STD810H, oferecendo uma durabilidade acima da média. No entanto, o seu design em três partes – tablet, teclado e suporte magnético traseiro separado – torna-se desajeitado no transporte e utilização diária.
Também é pesado para o conceito: com um peso total de cerca de 1,5 kg (com teclado e suporte incluídos) e uma espessura de 19 mm, torna-se significativamente mais volumoso do que concorrentes directos, como o Surface Pro.
Mesmo assim, é diferente do normal, com um design apelativo, elegante e, atenção a isto, resistente a impressões digitais graças ao seu acabamento preto mate!
Mas não há bela sem senão e o suporte traseiro independente (muito à laia da Apple) pode ser um incómodo, tornando a utilização menos fluida em cenários mais móveis, como o pousá-lo no colo ou mesmo agarrá-lo com uma mão enquanto temos o smartphone na outra..
Ecrã: a grande estrela do ProArt PZ13
Um dos grandes trunfos deste ASUS é, sem dúvida, o seu ecrã táctil OLED de 13 polegadas com resolução 3K (2880×1800), em formato 16:10, com 100% cobertura DCI-P3 e precisão Delta E<1.
As cores são vibrantes, os pretos profundos e o contraste impressiona, garantindo uma excelente experiência visual, quer para criação gráfica quer para consumo multimédia.
E a protecção Gorilla Glass NBT assegura robustez adicional, o que é de louvar e não esquecer.
Desempenho com Snapdragon X Plus
O ProArt PZ13 utiliza um processador Snapdragon X Plus X1P42100, mais fraco comparativamente ao Snapdragon Elite presente em concorrentes como o Surface Pro da Microsoft, o que infelizmente se vem a notar nas tarefas mais exigentes..
Na prática, esta escolha limita consideravelmente o desempenho, especialmente em tarefas gráficas complexas ou aplicações criativas mais pesadas. Não é o fim do mundo, atenção, achei extraordinário como conseguiu fazer um DCP de 200GB em poucas horas, mais ou menos o mesmo tempo que o meu PC workstation demora.
Mas é mais lento em edição vídeo, principalmente na renderização de um trabalho a 4K. Ou seja, temos que contar com isso quando viajamos, pois esqueçam este tipo de acção através da bateria, mesmo sendo extraordinária, esvai-se neste contexto.
Contudo, para tarefas básicas e navegação web, o desempenho é muito bom.
Características IA embutidas com Copilot
StoryCube: a melhor forma de organizar multimédia
O StoryCube é uma ferramenta inovadora de gestão de ficheiros multimédia que utiliza inteligência artificial para classificar automaticamente as tuas fotografias e vídeos. Graças ao seu sistema inteligente, a nossa biblioteca digital fica organizada por categorias e temas, facilitando o acesso e gestão de todos os conteúdos.
AI Noise Cancelation Bidireccional
A tecnologia avançada de cancelamento bidireccional de ruído da ASUS utiliza uma vasta base de dados de aprendizagem profunda (Deep-Learning) para eliminar ruídos de fundo durante reuniões e chamadas. Desta forma, podemos desfrutar de um áudio sempre limpo e claro, garantindo comunicações profissionais sem distracções.
Continuando depois desta apresentação acima sacada do PR da ASUS. 🙂
Autonomia impressionante, conectividade razoável
A bateria é, sem dúvida, o ponto mais forte deste modelo da ASUS, oferecendo cerca de 19 horas de reprodução contínua de vídeo. A eficiência energética do Snapdragon destaca-se positivamente, tornando-o ideal para quem necessita de mobilidade prolongada sem recorrer constantemente ao carregador.
A nível de portas, o ProArt PZ13 inclui duas USB-C 4.0 (uma dedicada a carregamento) e um prático leitor de cartões SD de tamanho completo, essencial para fotógrafos e criadores em movimento.
No entanto, a falta de jack de áudio e a estranha opção de ocultar algumas portas sob uma aba plástica rígida são detalhes negativos na experiência geral. Até pensei que seria uma porta de conexão para uma placa gráfica externa, mas não.
A ASUS limitou a conectividade a acessórios ou auriculares Bluetooth, o que pode ser um inconveniente adicional.
Teclado confortável, mas limitado
O teclado magnético oferece boa experiência de escrita quando utilizado numa superfície plana, embora algo limitado e instável no colo.
O trackpad funciona bem, mas não pode ser utilizado remotamente como acontece com o teclado flexível da Microsoft.
O stylus ASUS Pen é compatível, mas é vendido separadamente por cerca de 100 euros.
Concluindo
O ASUS ProArt PZ13, disponível por cerca de 1.100 euros, oferece um ecrã excepcional, excelente autonomia e boa capacidade de armazenamento (SSD de 1TB por defeito). Contudo, a escolha do processador Snapdragon X Plus limita o desempenho de forma significativa para tarefas profissionais avançadas.
Se procuras um tablet Windows para tarefas básicas, com excelente bateria e visualização multimédia superior, o ProArt é bastante interessante. Mas, para utilização profissional exigente, especialmente em aplicações criativas, é preferível considerar alternativas mais robustas apesar do preço superior, como o Surface Pro com Snapdragon Elite ou modelos equipados com Intel ou AMD.
Em resumo, o ASUS ProArt PZ13 é um híbrido interessante mas não cumpre totalmente as expectativas dos utilizadores profissionais mais exigentes.
Começou em vídeo e cinema, singrou em jornalismo, fez da publicidade a maior parte da vida, ainda editou discos e o primeiro dos livros e, porque o bicho fica sempre, juntou todas estas experiências num blogue.
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