A Kaspersky junta-se à APAV para para combater o assédio online das vítimas, a maioria mulheres
A parceria foi celebrada na semana em que o mundo assinala o Dia Internacional da Mulher e pretende criar awareness para uma ameaça que cresceu 97% em Portugal no último ano
comunicado de imprensa:
A multinacional de cibersegurança Kaspersky celebrou esta semana uma parceria com a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), com o objectivo de prestar apoio à organização em temas relacionados com a violação da privacidade digital e o stalkerware.
Seja através da prevenção e sensibilização para o tema, da realização de estudos ou do aconselhamento técnico sobre como responder em situações de ameaça, a Kaspersky coloca-se ao lado da APAV para combater o assédio online das vítimas, a maioria mulheres.
Mas afinal, o que é o stalkerware?
Imagine-se a trocar mensagens no WhatsApp do seu telemóvel. A realizar pesquisas no Google. A colocar uma morada no GPS. Todos estes movimentos são feitos naturalmente sem que se aperceba que existe alguém, do outro lado, a controlar silenciosamente (e sem deixar rasto) cada passo que dá com o seu smartphone.
O stalkerware consiste em aplicações de spyware que são instaladas em dispositivos móveis sem que os utilizadores autorizem ou detetem a sua presença, uma vez que os programas são executados em segundo plano.
Existem várias formas de perseguir uma vítima e o stalkerware é uma das opções para quem procura o assédio online. A análise da Kaspersky mostra que o número de utilizadores atacados cresceu cerca de 67% em todo o mundo, passando de 40.386 para 67.500 entre 2018 e 2019. Já em Portugal, o aumento foi de 97% – o número subiu de 96 para 189 vítimas, no mesmo período.
Para Alfonso Ramirez, diretor geral da Kaspersky Ibéria, a parceria com a APAV representa um passo em frente no trabalho de consciencialização dos utilizadores sobre o stalkerware.
“Em primeiro lugar, a vítima precisa de saber que esta ameaça existe e em que é que consiste, para então poder agir em sua defesa. Contactar organizações de apoio como a APAV deve ser o seu primeiro passo, antes mesmo de tentar confrontar o stalker, uma vez que as orientações dadas por especialistas poderão ser determinantes na hora de avançar com uma denúncia.
É que, muitas vezes, as vítimas acabam por alertar os atacantes, dando-lhes assim oportunidade de desinstalarem as aplicações de stalkerware dos seus dispositivos e dificultando uma possível investigação”, refere o responsável.
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