Trump apresentou Elon Musk como líder do novo “Departamento de Eficiência Governamental” (tradução livre de DOGE) para transformar o funcionamento do governo norte-americano.
O bilionário sul-africano, agora norte-americano, amanhã logo se verá, é conhecido pelo seu vasto curriculum tecnológico, como a Tesla, os SpaceX e X (ex-Twitter) e, para mudar os EUA, vai ser acompanhado por Vivek Ramaswamy, ex-candidato republicano à presidência, numa parceria que promete ser tão dramática quanto “divertida” (para quem vive fora dos EUA).
Musk e o DOGE
O DOGE tem como missão desmantelar a burocracia, cortar regulamentações excessivas e reestruturar as agências federais. Assim, tudo de uma assentada!
Este projecto será central para a agenda de Trump, que pretende concluir os trabalhos até 4 de Julho de 2026, coincidindo com o 250.º aniversário da Declaração da Independência dos EUA. Vai ser uma bonita festa, pá!
Tecnologia como “arma contra o desperdício”
Para Elon Musk, esta é uma oportunidade de aplicar a sua visão empresarial inovadora ao sector público. Numa publicação na sua decrépita rede social X, Musk prometeu transparência total, com todas as actividades do DOGE disponíveis online.
Incentivou ainda os cidadãos a denunciar gastos públicos considerados absurdos, garantindo uma abordagem “trágica e divertida” à questão.
Além disso, Musk sugeriu o uso de tecnologias avançadas, como blockchain, para monitorizar despesas públicas e assegurar uma gestão mais eficiente. Esta abordagem reforça a sua reputação como defensor de soluções tecnológicas disruptivas.
Mais figurões na administração Trump
A inclusão de Musk é apenas uma das apostas ousadas de Trump para a sua nova equipa. Entre outras escolhas controversas destaca-se o Dr. Mehmet Oz (mais conhecido por Dr. Oz e pelo seu envolvimento numa série de escândalos), designado para liderar o Departamento de Saúde Pública e Bem-Estar.
Estas nomeações reflectem a estratégia de Trump de integrar líderes do sector privado no governo, numa tentativa de introduzir uma mentalidade empresarial na administração pública.
Agenda “Woke” em apuros
Vivek Ramaswamy, conhecido pelo seu livro Woke, Inc., abandonou a corrida ao Senado por Ohio para se dedicar inteiramente ao DOGE. A sua promessa passa por combater projectos que considera “ideologicamente enviesados” e adoptar medidas que promovam uma eficiência fiscal rigorosa.
Polémicas e controvérsias, Inc.
Apesar das expectativas, as nomeações de Musk e Ramaswamy foram recebidas com, pasme-se, cepticismo.
Lisa Gilbert, da organização Public Citizen, criticou Musk, referindo que as suas empresas têm histórico de incumprimentos regulatórios. O próprio nome do departamento, “DOGE”, gerou curiosidade e críticas, dado o seu óbvio paralelismo com a criptomoeda Dogecoin, frequentemente promovida por Musk.
Curiosamente, ou não, o valor da Dogecoin duplicou após a eleição de Trump, com os mercados a anteciparem regulamentações mais brandas sob a nova administração.
A disparatada super-influência de Musk
Para os muitos críticos e especialistas, esta nomeação solidifica a influência de Musk em Washington, podendo beneficiar directamente as suas empresas e interesses em sectores como inteligência artificial e criptomoedas.
Pior, esta estratégia concentra demasiado poder nas mãos de um empresário já favorecido pelas políticas republicanas.
Com uma equipa composta por líderes empresariais e uma agenda focada na desregulamentação, o novo governo Trump apresenta-se como disruptivo e polarizador.
Para Musk, o DOGE representa uma oportunidade única de implementar a sua visão tecnológica numa escala sem precedentes, moldando o governo à imagem de uma startup eficiente e futurista.
(post baseado num artigo Reuters)
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